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Universidades do Reino Unido recuam do X de Musk citando desinformação na plataforma

Universidades e outros estabelecimentos de ensino superior aderiram a uma retirada entre instituições britânicas da plataforma de mídia social X de Elon Musk, citando seu papel na disseminação de desinformação que alimentou tumultos raciais no ano passado.

Uma pesquisa da Reuters na terça-feira mostrou que várias universidades reduziram o uso do X ao mínimo ou desistiram completamente, seguindo dezenas de acadêmicos que deixaram a plataforma.

O papel de X, antigo Twitter, ganhou destaque na Grã-Bretanha no ano passado, durante violentos distúrbios raciais.

Musk – um assessor próximo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump – desde então pediu a prisão do primeiro-ministro Keir Starmer e do ativista anti-muçulmano Stephen Yaxley-Lennon, que co-fundou a extrema-direita Liga de Defesa Inglesa e é conhecido como Tommy Robinson, a ser libertado da prisão.

A Reuters pesquisou X contas de mais de 150 universidades, suas faculdades e conservatórios de arte e contatou aqueles que fizeram poucas ou nenhumas postagens nos últimos meses.

Citaram preocupações com a desinformação, conteúdos que promovem a violência e o declínio do envolvimento.

“A London Business School analisa continuamente seus canais de comunicação e decide quais usar com base nos níveis de envolvimento efetivo do público”, disse LBS à Reuters.

A última postagem para seus 182.000 seguidores no X foi em setembro. É uma das escolas de negócios mais bem classificadas do mundo.

A Reuters foi a primeira a informar em outubro que várias forças policiais britânicas abandonaram o X ou reduziram seu uso. A pesquisa universitária aponta para uma retirada mais ampla entre as instituições públicas, embora muitas universidades ainda publiquem regularmente no X.

Pelo menos sete das 31 faculdades da Universidade de Cambridge pararam de postar no X.

“Sabemos que esta plataforma está a tornar-se cada vez mais tóxica, por isso continuaremos a avaliar a nossa presença no X e a monitorizar as alternativas emergentes”, disse o Homerton College, o maior da universidade em termos de número de estudantes.

A Universidade de Cambridge disse à Reuters que continuou a usar o X junto com outros canais.

Em Oxford, o Merton College – o colégio com melhor classificação acadêmica da universidade – excluiu sua conta X. Não respondeu a um pedido de comentário.

Harris Manchester – outra faculdade de Oxford – postou pela última vez em 15 de novembro e pediu aos seguidores que o encontrassem em outras plataformas.

A Universidade de East Anglia disse que o envolvimento do público no X caiu 80%.

X não respondeu a um pedido de comentário.

A Falmouth University postou o X pela última vez em setembro, enquanto a Plymouth Marjon University disse que não o usará mais. A London Metropolitan University citou a queda no engajamento por não postar mais ativamente.

A Buckinghamshire New University disse que X “não é mais um lugar onde queremos encorajar conversas com nossa universidade”.

Alguns conservatórios de artes importantes também se afastaram.

O Royal Northern College of Music disse que estava “canalizando conscientemente sua energia para outro lugar”, enquanto o conservatório de artes cênicas de Londres, Trinity Lab, excluiu sua conta X.

A Royal Central School of Speech and Drama não publica desde agosto.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)


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