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Homens gays podem treinar como padres, mas não “apoiam a cultura”: Igreja na Itália


Roma:

Jovens homossexuais podem treinar para se tornarem padres católicos na Itália, mas não se “apoiarem a chamada cultura gay”, de acordo com as novas diretrizes da Igreja aprovadas pelo Vaticano.

Embora enfatizem a necessidade do celibato, as diretrizes da Conferência Episcopal Italiana – publicadas online na quinta-feira – abrem a porta para homens gays frequentarem seminários ou escolas de teologia que treinam jovens para se tornarem padres.

Mas eles vieram com uma ressalva: aqueles que ostentam sua homossexualidade deveriam ser proibidos.

Uma seção das diretrizes de 68 páginas foi dirigida especificamente a “pessoas com tendências homossexuais que se aproximam dos seminários, ou que descobrem tal situação durante a sua formação”.

“A Igreja, embora respeite profundamente as pessoas em questão, não pode admitir no seminário e nas Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiam a chamada cultura gay”, lê-se no documento.

O objetivo da formação dos futuros sacerdotes é “a capacidade de aceitar como dom, de escolher livremente e de viver a castidade no celibato”.

As novas diretrizes foram aprovadas pelo Vaticano, afirmou a Conferência dos Bispos num comunicado anexo.

O Papa Francisco, de 88 anos, tem incentivado ao longo do seu papado uma Igreja mais inclusiva, inclusive para os católicos LGBTQ, embora a doutrina oficial da Igreja ainda afirme que os atos entre pessoas do mesmo sexo são “intrinsecamente desordenados”.

Em 2013, poucas semanas depois de assumir o cargo, Francisco disse a famosa frase: “se alguém é gay, procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-lo?”

Em junho, porém, o papa usou um insulto gay vulgar numa reunião a portas fechadas com os bispos italianos, segundo dois jornais italianos, desencadeando uma pequena tempestade.

O papa expressou sua oposição à entrada de homens gays nos seminários, dizendo que já havia muita “frociaggine” nas escolas – usando um termo romano ofensivo que pode ser traduzido como “bicha”.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)


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