Neuralink coloca chip cerebral em terceiro paciente; Elon Musk diz…
A empresa de neurotecnologia de Elon Musk, Neuralink Corp., implantou com sucesso seu dispositivo de interface cérebro-computador (BCI) em um terceiro paciente humano. Musk confirmou o marco durante um evento ao vivo em Las Vegas, que foi transmitido em sua plataforma de mídia social, X. Este avanço marca mais um passo na ambiciosa missão da Neuralink de revolucionar a forma como os humanos interagem com a tecnologia.
Progresso e planos futuros da Neuralink
Musk anunciou que o último procedimento de implante foi bem-sucedido e que todos os três pacientes que receberam o chip cerebral Neuralink estão bem. “Temos agora três humanos com Neuralinks implantados e todos estão funcionando bem”, afirmou Musk. Ele revelou ainda que a Neuralink planeja realizar mais 20 a 30 procedimentos de implantes ao longo de 2025, sinalizando um rápido crescimento nos testes experimentais da empresa.
O primeiro implante Neuralink foi realizado há um ano em Noland Arbaugh, que ganhou as manchetes como o primeiro ser humano a receber o chip cerebral. Agora, com três pacientes implantados com sucesso, a Neuralink está se aproximando de seu objetivo de ajudar indivíduos com problemas neurológicos a recuperarem a independência.
O que é Neuralink e como funciona?
Neuralink é uma empresa de neurotecnologia cofundada por Elon Musk em 2016. A empresa se concentra no desenvolvimento de dispositivos de interface cérebro-computador (BCI) projetados para preencher a lacuna entre o cérebro humano e os computadores. O núcleo da tecnologia Neuralink é um pequeno chip implantável equipado com eletrodos ultrafinos e flexíveis que são incorporados ao cérebro. Esses eletrodos são projetados para ler e transmitir sinais cerebrais para dispositivos externos.
O objetivo principal do Neuralink é ajudar indivíduos com condições neurológicas graves, como paralisia e esclerose lateral amiotrófica (ELA). Ao traduzir a atividade neural em comandos digitais, o dispositivo permite que os pacientes controlem dispositivos externos – como smartphones ou computadores – usando apenas os seus pensamentos.
Ensaios clínicos em andamento e aprovação da FDA
A Neuralink possui atualmente dois estudos clínicos registrados na Food and Drug Administration (FDA) dos EUA. O primeiro, conhecido comoEstudo Principaltem como objetivo ajudar pacientes paralisados a controlar dispositivos digitais, como computadores e smartphones, apenas através do pensamento. Este estudo pretende envolver cerca de cinco pacientes e representa um passo significativo no desenvolvimento de tecnologias assistivas para pessoas com mobilidade reduzida.
O segundo julgamento, chamadoComboioé mais especializado, projetado para três pacientes que usarão o implante Neuralink para operar braços robóticos assistivos e outros dispositivos externos. Esses procedimentos experimentais são complexos e exigem a abertura do crânio para implantar os eletrodos diretamente no tecido cerebral. No entanto, o objetivo a longo prazo é tornar o procedimento menos invasivo e mais acessível.
O futuro das interfaces cérebro-computador
A Neuralink faz parte de um campo crescente de startups que trabalham em interfaces cérebro-computador para lidar com condições médicas graves. Embora a Neuralink seja indiscutivelmente a empresa de maior destaque neste espaço, os concorrentes também estão a competir para desenvolver tecnologias semelhantes que possam ajudar as pessoas com deficiência a recuperar o controlo sobre o seu ambiente.
Olhando para o futuro, Elon Musk sugeriu objetivos ainda mais ambiciosos para o Neuralink, incluindo o potencial para melhoria da memória, tratamento de problemas de saúde mental e até mesmo a criação de uma interface direta entre humanos e inteligência artificial.
Com três implantes bem-sucedidos e mais testes planejados para 2025, a Neuralink está avançando constantemente em seu trabalho inovador em tecnologia de interface cérebro-computador. Se for bem-sucedida, esta tecnologia poderá melhorar drasticamente a qualidade de vida de indivíduos com paralisia e outros distúrbios neurológicos. No entanto, o percurso desde os procedimentos experimentais até à adopção médica generalizada continua a ser um desafio.
À medida que a Neuralink continua a sua investigação, o mundo observa de perto, na esperança de que esta tecnologia pioneira transforme a ciência médica e a forma como os humanos interagem com as máquinas.