Dilema de diagnóstico: uma mulher começou a suar sangue no rosto e nas mãos
O paciente: Uma mulher de 21 anos na Itália
Os sintomas: Ao longo de três anos, a mulher ocasionalmente sangrava no rosto e nas palmas das mãos, apesar de não apresentar cortes ou arranhões. Não havia nenhum gatilho óbvio para o sangramento, que durava de um a cinco minutos. Não estava ligado a uma atividade física específica; isso poderia acontecer quando ela estava se exercitando ou dormindo, por exemplo. No entanto, a paciente percebeu que os episódios hemorrágicos pareciam mais graves quando ela estava emocionalmente estressada.
O que aconteceu a seguir: Ao dar entrada no hospital, a paciente vinha se sentindo deprimida e com crises de pânico, além de ter se isolado socialmente por ficar constrangida com os episódios hemorrágicos. Ao examiná-la, os médicos notaram o que descreveram como “a secreção de um líquido manchado de sangue em seu rosto”, de acordo com um relato de caso publicado no Jornal da Associação Médica Canadense.
Os médicos examinaram a secreção sanguinolenta ao microscópio e confirmaram a presença de glóbulos vermelhos.
O diagnóstico: As células sanguíneas descartaram a possibilidade de uma transtorno factícioou a noção de que a mulher estava fingindo estar doente. Também descartou vários distúrbios que causam “suor colorido”, como cromidrose. Portanto, os médicos diagnosticaram a mulher com hematoidrose, uma doença rara em que o “suor de sangue” escorre espontaneamente pela pele ilesa de uma pessoa. Os exames de sangue do paciente mostraram resultados normais, assim como as análises microscópicas da pele do paciente.
O tratamento: Os médicos prescreveram à jovem uma dose diária de propranololum betabloqueador geralmente usado para problemas cardíacos e circulatórios. No relatório, os médicos afirmaram ter optado por esse medicamento porque já havia sido utilizado em casos semelhantes. Embora a droga tenha diminuído visivelmente a quantidade de sangramento, não a interrompeu completamente.
O que torna o caso único: Como em outros casos relatados de hematoidroseos médicos não conseguiram explicar exatamente como ou por que a mulher estava sangrando pela pele intacta.
No relatório que descreve este caso, eles observaram várias teorias que tentam explicar a condição. Por exemplo, alguns pensam que as doenças sistémicas que afectam a coagulação do sangue podem ser as culpadas. Outros sugerem superativação do sistema de luta ou fuga pode desempenhar um papel.
Também não se sabe como o sangue passa fisicamente pela pele. Não há evidências que sugiram que o sangue passe pelas glândulas sudoríparas; alguns relatórios descrevem sangramento através dos folículos capilares. Além disso, alguns pacientes também apresentaram sangramento em áreas que não possuem glândulas sudoríparas, como a língua ou sob as unhas.
Este artigo é apenas para fins informativos e não tem como objetivo oferecer aconselhamento médico.
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