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O que são ordens executivas nos EUA e como Donald Trump pode usá-las?


Washington DC:

O presidente eleito republicano, Donald Trump, prometeu remodelar a política dos EUA com uma tempestade de ordens executivas poucas horas após assumir o cargo na próxima semana.

Aqui está uma olhada no que o presidente pode e não pode fazer por ordem executiva.

O QUE É UMA ORDEM EXECUTIVA?

Uma ordem executiva é uma ordem emitida unilateralmente pelo presidente com força de lei.

Ordens executivas notáveis ​​emitidas por Trump no seu primeiro mandato incluem a proibição de viagens de alguns países de maioria muçulmana e uma ordem que expande o arrendamento de águas offshore para exploração de petróleo. Trump emitiu 220 ordens executivas no seu primeiro mandato, mais do que qualquer outro presidente num único mandato de quatro anos desde Jimmy Carter. O presidente Joe Biden emitiu 155 ordens executivas até segunda-feira.

QUÃO RÁPIDO UMA ORDEM EXECUTIVA PODE ENTRAR EM VIGOR?

Depois que um presidente assina uma ordem executiva, ela pode entrar em vigor imediatamente ou demorar meses, dependendo se exige ação formal de uma agência federal.

Por exemplo, a proibição muçulmana de Trump entrou em vigor imediatamente, porque invocou uma lei federal de 1952 que dava explicitamente ao presidente autoridade para barrar “qualquer classe de estrangeiros” do país se os considerasse prejudiciais.

Outras ordens executivas instruem as agências federais a agir. Por exemplo, o democrata Biden ordenou às agências de saúde que tomassem medidas para salvaguardar o acesso ao aborto depois de o Supremo Tribunal dos EUA ter permitido que os estados o proibissem. Isto não teve efeito imediato, mas nos meses seguintes as agências aprovaram novas regras através do processo habitual de regulamentação, como um regulamento destinado a salvaguardar a privacidade das pessoas que praticam abortos.

DE ONDE VEM O PODER PARA EMITIR ORDENS EXECUTIVAS?

Embora a extensão do poder de ordem executiva do presidente tenha sido contestada, os especialistas jurídicos concordam que ele vem do Artigo II da Constituição dos EUA, que torna o presidente o comandante-em-chefe das forças armadas e o chefe do ramo executivo do governo, ou dos poderes explicitamente dados ao presidente pelo Congresso.

As leis aprovadas pelo Congresso normalmente delegam a autoridade de regulamentação a agências federais, que, em última análise, reportam ao presidente. Muitas ordens executivas instruem as agências a tomar medidas ou estabelecer regras para cumprir determinados objetivos, funcionando efetivamente como um anúncio das políticas do presidente.

O QUE O PRESIDENTE NÃO PODE FAZER ATRAVÉS DE ORDENS EXECUTIVAS?

O presidente não pode fazer novas leis além dos poderes que lhe são especificamente conferidos pela Constituição ou pelo Congresso, simplesmente emitindo uma ordem executiva.

Se uma ordem executiva instruir as agências a tomarem medidas, qualquer regulamentação resultante da agência estará sujeita à Lei de Procedimento Administrativo federal, que exige que as agências permitam comentários públicos sobre quaisquer regras e proíbe regras que sejam “arbitrárias e caprichosas”.

As regras da agência também não podem violar direitos constitucionais básicos, como o devido processo e a igualdade de proteção perante a lei, ou leis que tenham sido aprovadas pelo Congresso.

AS ORDENS EXECUTIVAS PODEM SER BLOQUEADAS PELOS TRIBUNAIS?

Sim. As ordens executivas podem ser contestadas em tribunal e foram bloqueadas por excederem a autoridade do presidente.

Em 2017, um juiz bloqueou a ordem de Trump destinada a reter o financiamento federal das chamadas cidades-santuário que não cooperassem com as suas políticas de imigração, concluindo que o presidente não poderia impor novas condições aos gastos federais que tivessem sido aprovadas pelo Congresso.

Em 2023, um tribunal federal de recurso bloqueou a ordem executiva de Biden que exigia que os funcionários federais fossem vacinados contra a COVID-19, concluindo que ultrapassava a sua autoridade ao interferir nas decisões médicas pessoais.

Por outro lado, os tribunais muitas vezes apoiaram os poderes de ordem executiva do presidente, como quando o Supremo Tribunal, em 2018, manteve a proibição de viagens aos muçulmanos.

(Esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é gerada automaticamente a partir de um feed distribuído.)


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