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Da proibição à compra: o que vem a seguir para o TikTok nos EUA?


Washington:

O TikTok enfrenta uma paralisação iminente nos Estados Unidos depois que o Congresso aprovou uma lei no ano passado forçando seu proprietário chinês, ByteDance, a vender a plataforma ou fechá-la até este domingo.

Espera-se que a Suprema Corte dos EUA decida esta semana sobre o desafio da TikTok à lei.

Após uma audiência na sexta-feira passada, há grandes expectativas de que a lei seja mantida.

Aqui está uma análise do que pode acontecer a seguir com o TikTok nos Estados Unidos.

– Proibição da loja de aplicativos –

Sob a proibição, o governo dos EUA primeiro instruiria a Apple e o Google a remover o TikTok de suas lojas de aplicativos, impedindo novos downloads já no domingo, um dia antes da posse do presidente eleito, Donald Trump.

No entanto, o aplicativo permaneceria nos telefones dos 170 milhões de usuários existentes nos EUA, a menos que o TikTok bloqueasse diretamente seu acesso.

Embora o advogado da TikTok, Noel Francisco, tenha afirmado que o site “ficaria no escuro” no domingo se os juízes não conseguissem bloquear a proibição, muitos observadores duvidam que a ByteDance desligaria unilateralmente os usuários americanos.

– Soluções alternativas –

Mesmo que o TikTok mantenha seu aplicativo acessível, os usuários dos EUA deixariam de receber atualizações de segurança e software, levando à deterioração gradual da qualidade e ao aumento das vulnerabilidades.

Como solução alternativa, os usuários podem recorrer a VPNs (redes virtuais privadas) para mascarar sua localização, roteando através de países onde o TikTok permanece disponível.

Outra possibilidade é que o TikTok possa atualizar a partir de servidores fora dos EUA através de parcerias com empresas estrangeiras e não chinesas – embora isso constituisse um desafio direto às autoridades dos EUA e provavelmente intensificaria o escrutínio das operações da ByteDance nos EUA.

– Desafio? –

Assim que Trump tomar posse, a implementação da lei caberá ao seu procurador-geral, que poderá optar por não a aplicar ou protelar, desafiando o apoio esmagador do Congresso à legislação.

A administração Trump também pode abordar a maioria republicana no Congresso para modificar a lei, potencialmente dando à ByteDance mais tempo para encontrar um comprador ou desenvolver soluções alternativas.

– Alternativas –

Uma vez banidos, presume-se que os usuários do TikTok migrarão para outros aplicativos, como Instagram Reels e curtas do YouTube, imitadores do TikTok que cresceram e se beneficiarão diretamente com a morte de seu rival.

O X de Elon Musk também poderia se beneficiar e o magnata deixou claro que deseja que sua plataforma, antigo Twitter, se assemelhe mais ao TikTok, com conteúdo de vídeo e recursos de compras.

Trump expressou preocupação de que uma proibição beneficiaria principalmente o Instagram, de propriedade da Meta, o que pode explicar o recente apoio público de Mark Zuckerberg a Trump.

Alguns criadores de conteúdo americanos já migraram para o Xiaohongshu (Red Note), outro aplicativo de mídia social chinês que recentemente liderou os downloads da Apple App Store.

– Resgate de investidores? –

Vários potenciais compradores surgiram, incluindo um grupo liderado por Frank McCourt, ex-proprietário do Los Angeles Dodgers, mesmo que a ByteDance tenha descartado uma venda por enquanto.

Seu parceiro na candidatura, o empresário canadense Kevin O'Leary, recentemente jogou golfe com Trump e relatou o desejo do presidente eleito de usar a saga TikTok como alavanca nas relações EUA-China.

Um relatório de que as autoridades chinesas estariam abertas a uma compra por Musk foi negado pela TikTok.

O ex-CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, também continua interessado em comprar a TikTok, de acordo com o Information.

Por enquanto, o destino do TikTok está nas mãos da Suprema Corte, com os advogados da empresa pedindo aos nove juízes um adiamento de qualquer proibição para fornecer “espaço para respirar” para uma solução.

“Ninguém sabe o que pode fazer e quem o fará até ouvir a Suprema Corte”, disse Trump à Newsmax na segunda-feira.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)


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