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Brasil suspende proibição de X depois que Elon Musk cumpre ordens judiciais

O Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil suspende a rede social de Elon Musk após este descumprir ordens do ministro Alexandre de Moraes de bloquear contas de investigados pela justiça brasileira.

Cris Faga | Nurfoto | Imagens Getty

Elon Musk X está voltando a funcionar no Brasil após um impasse de meses entre a empresa e o ministro do Supremo Tribunal Federal do país, Alexandre de Moraes.

“X está orgulhoso de retornar ao Brasil”, escreveu a empresa em um postar no X da sua conta de assuntos governamentais globais. “Dar acesso a dezenas de milhões de brasileiros à nossa plataforma indispensável foi fundamental ao longo de todo esse processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos.”

X era suspenso no Brasil em 31 de agosto, após ordem de Moraes que foi mantida por um painel de outros juízes.

A Suprema Corte do Brasil, conhecida como Supremo Tribuno Federal, disse em uma declaração na terça-feira que “a empresa cumpriu as condições estipuladas pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, e a plataforma poderá voltar a ser utilizada por brasileiros”.

A suspensão foi implementada porque Musk, dono do X e que o administra como chefe de tecnologia, desafiou os pedidos do tribunal brasileiro para banir algumas contas de usuários ou remover conteúdo que o tribunal disse que violava as leis federais.

As rígidas regulamentações da Internet no Brasil têm como objetivo limitar a disseminação de discursos de ódio, incitamentos à violência e desinformação política ou conteúdo prejudicial às instituições democráticas online. O país também exige que as plataformas tecnológicas empreguem um representante legal no Brasil.

Em vez de obedecer, Musk inicialmente fechou a sede da X no Brasil e disse que não contrataria um representante legal lá por um tempo. Musk passou meses menosprezando Moraes, comparando-o a um vilão de cinema Voldemortchamando-o de juiz “falso” e descrevendo “o malvado tirania de Moraes.”

do Brasil Correio Brazilenese relatou que X foi pressionado por investidores em empresas lideradas por Musk a ceder e cumprir a lei brasileira no final de setembro, enquanto a empresa enfrentava a ameaça de multas diárias.

A certa altura, o tribunal decidiu congelar as contas comerciais de X no Brasil, juntamente com as da Starlink, de propriedade da SpaceX, um provedor de serviços de Internet via satélite no país.

Durante a suspensão do X, concorrentes como Bluesky e Threads ganharam milhões de usuários no Brasil, segundo dados da SimilarWeb. Notícias G1Globo informou que os usuários estavam recuperando o acesso ao X na terça-feira após a autorização judicial.

ASSISTIR: Tim Higgins do WSJ sobre X no Brasil

Tim Higgins do WSJ sobre X no Brasil: É difícil enfrentar um país em que você está tentando operar

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